
O último final de semana foi agitado e cheio de atividades para a Fundação de Educação, Tecnologia e Cultura da Paraíba (Funetec) e o Instituto Federal do Pará (IFPA). Juntas, as duas instituições promoveram um painel inédito sobre Educação do Campo dentro da programação da Zona Verde na COP30, em Belém do Pará.
Mediado pelo professor e pró-reitor de Ensino do IFPA, Arthur Boscariol, o painel trouxe para a COP30 o único debate voltado à Educação no Campo. Ele falou sobre o papel do Instituto Federal e a urgência na qualificação e formação de professores para dar aula nas áreas rurais e interioranas da Amazônia dentro da rede pública de ensino.
O superintendente da Funetec, Rodrigo Barreto, destacou a presença da Fundação no painel e a importância da parceria com o IFPA na gestão dos recursos dos 15 projetos em execução.
“Estamos aqui para ocupar os espaços e agradeço muito o convite porque conheço de perto as oportunidades e desafios, mas também as oportunidades. Muito engrandece a Funetec apoiar um projeto que se propõe a levantar a bandeira da equidade na educação”, disse Rodrigo Barreto.
A iniciativa dialoga diretamente com as diretrizes do Edital Parfor Equidade, o Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica, que visa formar, em nível superior, professores camponeses ou de comunidades tradicionais.
De acordo com o pró-reitor Arthur Boscariol, atualmente cerca de 900 matrículas de cursos de licenciatura e educação no campo são ofertadas em sete campi do IFPA, representando 70% de todas as matrículas da rede federal na área. Esse número reforça a ampliação da oferta de vagas e a capacitação de novos profissionais.
“Ver a realização da COP30 em Belém é algo muito significativo para o nosso estado, e trazer para o evento o debate sobre a Educação do Campo reforça a importância da atuação do IFPA no fomento à capacitação de professores. Ter aproximadamente 900 matrículas distribuídas em sete campi é um resultado que devemos celebrar. Poder debater esse tema na COP30 é, sem dúvida, motivo de comemoração”, afirmou Arthur.

Parfor no IFPA
No IFPA, ações do Parfor Equidade já estão presentes há 14 anos, com a oferta de cursos de Licenciatura em Educação do Campo. O foco está na diversidade cultural e produtiva da Amazônia Paraense, alcançando comunidades camponesas e populações tradicionais, incluindo ribeirinhos, pescadores artesanais, quilombolas e indígenas. Valorizando, assim, saberes locais em articulação com os conhecimentos científicos e promovendo uma educação contextualizada e fortalecendo a identidade e a autodeterminação desses povos.
“Nós estamos ofertando em quatro campi: no Campus Breves, no polo de Curralinho; no Campus Bragança, no polo Santa Luzia do Pará; no Campus Castanhal, que oferta no polo de Curuçá; e no Campus Santarém, que oferta no polo Mojuí dos Campos. Então, nós temos quatro turmas de 30 alunos, compostas por alunos que são oriundos de comunidades rurais quilombolas indígenas e que vêm para o processo de formação. Em geral, são professores que estão vinculados às redes municipais de educação e eles vêm por um período de alternância”, explicou Shauma Sobrinho.
O programa envolve, além do IFPA, a Funetec, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (Secadi/MEC) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
TEXTO: Renato Britto com Assessoria IFPA
FOTOS: Comunicação Funetec
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