
A moda vai ganhar um tom diferente no Festival Funetec – Sustentabilidade, Inovação e Cultura. No próximo domingo, dia 14 de setembro, um desfile reunirá ancestralidade indígena e inovação acadêmica em torno da moda sustentável, mostrando como tradição e tecnologia podem caminhar lado a lado na construção de um futuro mais consciente.
Entre os destaques, está a participação da Aldeia Vitória, do povo Tabajara, por meio do Coletivo Niaras, formado por mulheres indígenas que se dedicam a iniciativas ligadas à sustentabilidade, ao empoderamento feminino e à preservação ambiental. Fundado em 2019, o coletivo nasceu durante um projeto de hortaliças orgânicas e desde então vem desenvolvendo ações de reflorestamento, economia criativa e moda autoral. Também criaram a marca USE.NIARAS, que busca descolonizar a moda e inserir a arte indígena no universo fashion, trabalhando com algodão cru e tinturas naturais extraídas da própria região.
Durante o desfile, serão apresentados looks autorais confeccionados pelas próprias mulheres da aldeia, que também se tornam modelos na passarela. As peças levam sementes, fibras e elementos da natureza, reafirmando a força da ancestralidade e o protagonismo feminino.
“A nossa moda é inclusiva e descolonizada. No nosso desfile, mostramos mulheres indígenas de diferentes corpos e histórias, porque queremos trazer a nossa realidade para a passarela. As peças são feitas em 100% algodão cru, tingidas com elementos naturais, e cada detalhe carrega a força da ancestralidade e o cuidado com a natureza. É a nossa forma de afirmar identidade, resistência e sustentabilidade”, destacou Natália Tabajara, liderança do Coletivo Niaras.
Outro destaque vem do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Campus Pedras de Fogo, com o projeto “Descaracterização e Ressignificação de Peças de Vestuário Doadas”, em cooperação técnica com o IF Baiano e a Receita Federal. A iniciativa transforma roupas apreendidas em novos looks, servindo como matéria-prima para capacitar estudantes do curso de Modelagem do Vestuário, promovendo moda sustentável ao dar novo propósito a peças que seriam descartadas.
Segundo a coordenadora do curso, Liamara Lopes dos Santos, além de fornecer material didático essencial para o campus, o projeto contribui para a redução do impacto ambiental, evitando que toneladas de roupas sejam descartadas. Também promove a economia de recursos na produção têxtil, desde a seleção da matéria-prima até a distribuição, e estimula o interesse dos alunos e da sociedade pelo consumo consciente.

O superintendente da Funetec, Rodrigo Barreto, destaca que o desfile sintetiza o espírito do Festival: “Esse desfile de moda sustentável reúne todas as premissas do nosso Festival. Ele dá voz a comunidades tradicionais, valoriza a identidade cultural do nosso povo e mostra como a moda pode estar conectada ao desenvolvimento sustentável. A Funetec tem como propósito fortalecer iniciativas voltadas à economia criativa, ao empreendedorismo solidário e à sustentabilidade. Por isso, esse momento é tão simbólico para nós”, afirmou Barreto.
A indústria da moda gera impactos ambientais expressivos. Segundo uma pesquisa realizada pela Ellen MacArthur Foundation, uma organização internacional dedicada à economia circular e à sustentabilidade na indústria da moda, o setor produz cerca de 92 milhões de toneladas de resíduos têxteis por ano, o equivalente a um caminhão de roupas descartadas por segundo.
Além disso, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), o setor é responsável por aproximadamente 10% das emissões globais de gases de efeito estufa — mais do que o transporte aéreo e marítimo juntos — e contribui com cerca de 20% da poluição industrial da água, devido ao tingimento e processamento de tecidos. Apesar desses impactos, apenas 12% das roupas produzidas recebem algum tipo de reaproveitamento ou reciclagem. A moda sustentável surge como alternativa, propondo soluções como upcycling, reaproveitamento de tecidos, uso de fibras naturais ou recicladas e consumo consciente, contribuindo para reduzir os impactos ambientais e sociais da indústria.
O desfile de moda sustentável acontece dentro da programação do Festival Funetec – Sustentabilidade, Inovação e Cultura, no campus João Pessoa do IFPB. Mais do que uma apresentação estética, será um convite à reflexão sobre como a moda pode ser ferramenta de preservação ambiental, valorização cultural e transformação social.
Evento antecipa discussões da maior conferência climática do mundo e destaca o papel estratégico da Funetec e dos Institutos Federais na promoção de soluções sustentáveis para o Brasil A Fundação de Educação, Tecnologia e Cultura da Paraíba (Funetec), representada pelo superintendente Rodrigo Barreto e pela diretora de Projetos, Negócios e Relações Institucionais, Ingredhy Dantas, participou do evento “IFs do Norte na COP30”, realizado em Belém (PA)
O Congresso reuniu mais de 500 representantes de Fundações de Apoio de todo o Brasil para discutir temáticas relevantes sobre inovação, sustentabilidade e sociedade. A Fundação de Educação, Tecnologia e Cultura da Paraíba (Funetec), representada pelo superintendente Rodrigo Barreto e parte da diretoria executiva, participou do 8º Congresso Nacional do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (CONFIES)
Desde 2020, iniciativa promove a capacitação de profissionais da educação em todo o Nordeste, com mais de 40 mil gestores escolares atendidos “Desde os 17 anos, sou professora. Fiz magistério, por orientação da minha mãe, também professora, que veio de uma família de professoras
Com investimentos acima de R$ 1,4 milhão o espaço recebeu melhorias na estrutura física e equipamentos modernos para exibição dos filmes em 4K A Fundação de Educação, Tecnologia e Cultura da Paraíba (Funetec), representada pelo superintendente Rodrigo Barreto, participou da cerimônia de entrega da reforma da sala de cinema do tradicional Cineteatro São José, em Campina Grande
Com investimentos superiores a R$ 9 milhões, o projeto, apoiado pela Funetec, está presente em quatro estados do Nordeste levando água para o sertão As águas do Rio São Francisco têm levado esperança e transformação não apenas às cidades margeadas pelo Velho Chico, mas aos municípios e estados beneficiados pela sua transposição, como São José de Piranhas, no sertão da Paraíba
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